quarta-feira, 31 de agosto de 2011




ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARIA CÉLIA PINHEIRO FALCÃO
PEREIRO/CE



PERFIL DA PROVA SE SOCIOLOGIA

Professor: Ivanilson Alfredo


I- Segundo Marx o Modo de Produção é como se produz, pois pode-se entender o modo de produção com sendo uma estrutura global constituída de estruturas regionais, tais como: estrutura econômica, considera a infraestrutura a estrutura jurídica, política ideológica, que são consideradas como superestruturas.
Para entendermos sobre os modos de produção é importante definirmos como de deu seu processo histórico.

a) Como se deu o modo de produção primitiva?
O modo de produção primitivo é aquele em que a subsistência vem da caça e pesca e colheita natural, os nômades utilizavam-se da produção primitiva, como a colheita era natural eles precisam migrar de um lugar para outro, não havia divisão de classe social pois esta surgiu juntamente com o modo de produção agrícola, quando o homem passou a plantar e colher ele ficou mais sedentário, surge então a divisão do trabalho, alguns plantavam, outros trabalhavam nos moinhos e surgiu também a noção da divisão da terra e de sua importância, necessitando em tão de uma classe que vigiasse a terra contra invasões, dai os primeiros exércitos, com as guerras surgiram os escravos o que fez aumentar a noção de classes sociais.
O modo de produção asiático é o que utiliza-se da agricultura e tem esse nome porque surgiu no Oriente Médio: Egito, Babilônia, Assíria e América pré colombiana.

b) Como podemos caracterizar o modo de produção feudal?
Dentro do sistema feudal, o comércio passou a ser uma atividade com pouca influência. As práticas rurais tornaram-se atividades de maior riqueza da sociedade feudal.
Toda a produção feudal era destinada a atender o consumo local, ou seja, um sistema econômico de
subsistência. Os trabalhadores do feudo trabalhavam sob um regime de servidão, ficavam presos à terra, não podendo abandoná-las, porém não eram considerados escravos pois recebiam proteção de seus senhores e além disso, possuíam direitos. As principais obrigações devidas pelos trabalhadores eram: Corvéia: era o trabalho obrigatório e gratuito realizado pelo servo, no mínimo três vezes por semana, para o senhor feudal, no manso senhorial (território exclusivo do senhor feudal). Talha: o servo era obrigado a entregar metade da produção realizada em suas terras (manso servil), e essa contribuição era usada nas despesas da segurança do feudo.
 
c) Como podemos entender o modo de produção escravista?
Na sociedade escravista os meios de produção (terras e instrumentos de produção) e os escravos eram propriedade do senhor. O escravo era considerado um instrumento, um objeto, assim como um animal ou uma ferramenta. Assim, no modo de produção escravista, as relações de produção eram relações de domínio e de sujeição: senhores x escravos. Um pequeno número de senhores explorava a massa de escravos, que não tinham nenhum direito. Os senhores eram proprietários da força de trabalho (os escravos), dos meios de produção (terras, gado, minas, instrumentos de produção) e do produto de trabalho.
d) Formalize como foi o modo de produção socialista?
No século XIX, em razão da concentração de capitais nas mãos de alguns poucos e do empobrecimento da imensa maioria da sociedade gerados pelo capitalismo, intelectuaise lideranças operárias começaram a formular ideologias e contestaram a propriedade privada dos meios de produção. A mais importante delas foi o socialismo. Este,inicialmente, manifestou-se como ³socialismo utópico´, ou seja, propostas visando a edificação de uma sociedade mais justa.

e) como analisar o modo de produção capitalista?
O que caracteriza o modo de produção capitalista são as relações assalariadas de produção (trabalho assalariado). As relações de produção capitalistas baseiam-se na propriedade privada dos meios de produção pela burguesia, que substituiu a propriedade feudal, e no trabalho assalariado, que substituiu o trabalho servil do feudalismo. O capitalismo é movido por lucros, portanto temos duas classes sociais: a burguesia e os trabalhadores assalariados.

II- O que é o Estado segundo Marx
A concepção de Estado para Karl Marx surge apartir da propiedade privada e da divisão social do trabalho. O Estado para ele criaria as condições necessárias para o desenvolvimento das relações capitalistas. O Estado seria necessário a proteger a propriedade e adotaria qualquer política de interesse da burguesia, seria o comitê executivo da burguesia.

III- Para Karl Marx, o que defino o conceito de ideologia?
Ideologia é um conjunto de idéias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. A ideologia pode estar ligada a ações políticas, econômicas e sociais.
O conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante. De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade.
No século XX, varias ideologias se destacaram:
- Ideologia fascista: implantada na Itália e Alemanha, principalmente, nas décadas de 1930 e 1940. Possuía um caráter autoritário, expansionista e militarista.
- Ideologia comunista: implantada na Rússia e outros países (principalmente do leste europeu), após a Revolução Russa (1917). Visava a implantação de um sistema de igualdade social.
- Ideologia democrática: surgiu em Atenas, na Grécia Antiga, e possui como ideal a participação dos cidadãos na vida política.
- Ideologia capitalista: surgiu na Europa durante o Renascimento Comercial e Urbano (século XV). Ligada ao desenvolvimento da burguesia, visa o lucro e o acumulo de riquezas.
- Ideologia conservadora: idéias ligadas à manutenção dos valores morais e sociais da sociedade.
- Ideologia anarquista: defende a liberdade e a eliminação do estado e das formas de controle de poder.
- Ideologia nacionalista: exaltação e valorização da cultura do próprio país.

IV- Qual a melhor definição para a mais valia de Karl Marx?
Karl Marx foi o primeiro pensador econômico que criticou a dinâmica do modelo capitalista. Escreveu um tratado de três volumes sobre todos os economistas existentes, que foi publicado como Teoria da Mais-Valia e, posteriormente, incorporado à obra O Capital, obra mais importante do autor. A teoria maxista da mais-valia pode ser compreendida da seguinte forma: suponhanhamos que um funcionário leve 2 horas para fabricar um par de calçados. Nesse período ele produz o suficiente para pagar todo o seu trabalho. Mas, ele permanece mais tempo na fábrica, produzindo mais de um par de calçados e recebendo o equivalente à confecção de apenas um. Em uma jornada de 8 horas, por exemplo, são produzidos 4 pares de calçados. O custo de cada par continua o mesmo, assim também como o salário do proletário. Com isso, conclui-se que ele trabalha 6 horas de graça, reduzindo o custo do produto e aumentando os lucros do patrão. Esse valor a mais (mais-valia) é apropriado pelo capitalista e constitui o que Karl Marx chama de "Mais-Valia Absoluta". Além do operário permanecer mais tempo na fábrica o patrão pode aumentar a produtividade com a aplicação de tecnologia. Dessa forma, o funcionário produz ainda mais. Porém o seu salário não aumenta na mesma proporção. Surge assim, a "Mais-Valia Relativa". Com esse conceito Marx define a exploração capitalista

V- Defina o que Durkheim quis dizer com solidariedade orgânica e solidariedade mecânica:
Solidariedade mecânica
Para ele a solidariedade mecânica é característica das sociedades ditas "primitivas" ou "arcaicas", ou seja, em agrupamentos humanos de tipo tribal formado por clãs.
Nestas sociedades, os indivíduos que a integram compartilham das mesmas noções e valores sociais tanto no que se refere às crenças religiosas como em relação aos interesses materiais necessários a subsistência do grupo. São justamente essa correspondência de valores que irão assegurar a coesão social.
Solidariedade orgânica
De modo distinto, existe a solidariedade orgânica que é a do tipo que predomina nas sociedades ditas "modernas" ou "complexas" do ponto de vista da maior diferenciação individual e social (o conceito deve ser aplicado às sociedades capitalistas). Além de não compartilharem dos mesmos valores e crenças sociais, os interesses individuais são bastante distintos e a consciência de cada indivíduo é mais acentuada.

VI - O que Durkheim quis dizer com fato social e anomia?
Fato Social: Podemos classificar como fatos sociais as regras jurídicas, morais, dogmas religiosos, sistemas financeiros, maneiras de agir, costumes, etc., enfim, todo um conjunto de “coisas”, exteriores ao indivíduo e aplicáveis a toda a sociedade, que são capazes de condicionar ou até determinar suas ações; sendo esta “coisa” dotada de existência própria, ou seja, independente de manifestações individuais. No entanto, devemos ressaltar que nem todo fato comum em determinada sociedade pode ser considerado fato social, não é a generalidade que serve para caracterizar este fenômeno sociológico, mas sim a influência dos padrões sociais e culturais, da sociedade como um todo, sobre o comportamento dos indivíduos que integram esta sociedade; como exemplo podemos citar o alto índice de suicídios no Japão, não são apenas fatos individuais e particulares que levam esses indivíduos ao suicídio, mas toda a cultura e a formação social daquele país; se considerássemos outra cultura e outros padrões sociais, talvez esses indivíduos, com as mesmas frustrações particulares, não optassem pelo suicídio. Este fenômeno pode ser considerado não apenas um fato social, mas também, um fato psicológico. Fatos sociais não devem ser confundidos com os fenômenos orgânicos e nem com os psíquicos, que constituem um grupo distinto de fatos observados por outras ciências.
Anomia: Noção de Anomia A palavra é de origem grega, a + nomos, donde a significa ausência, fata, privação, inexistência; e nomos quer dizer lei, norma; anomia significa portanto falta de lei ou ausência de normas de conduta. Quem usou a palavra pela primeira vez foi Durkheim em seu estudo sobre a divisão do trabalho social. Segundo Bierstedt o termo tem sido empregado com três significados diferentes: 1 – desorganização social do tipo que resulta em um indivíduo desorientado ou fora da lei, com reduzida vinculação à rigidez da estrutura social ou à natureza de suas normas; 2 – conflito de normas, o que resulta em situações sociais que acarretam para o indivíduo dificuldades em seus esforços para se conformar às exigências contraditórias; 3 – ausência de norma, ou seja, situação social que, em seus casos limítrofes, não contém normas; é, em conseqüência, o contrário de sociedade, como anarquia é o contrário de governo. E, resumindo, na anomia está presente a idéia de falta ou do abandono das normas sociais de comportamento, indicando desvio de comportamento, que pode ocorrer por ausência de lei, conflito de normas, ou ainda desorganização pessoal. Causas do comportamento anômico Em qualquer sociedade do mundo vamos encontrar comportamento de desvio; muitos sociólogos têm se empenhado para encontrar as causas do comportamento anômico; por causa entendemos aquilo que determina a existência de uma coisa: a circunstância sem a qual o comportamento não existe.É, pois, o agente causador do fenômeno social, sua origem, princípio, motivo ou razão de ser. Eliminada a causa, o fenômeno haverá de desaparecer. Já o fator, embora não de causa ao fenômeno, concorre para sua maior ou menor incidência. O estudo da anomia se preocupa com as causas porque de nada adianta combater os fatores sem eliminar as causas. Pensamento de Durkheim sobre a anomia Durkheim desenvolveu seu pensamento assim: 1 – a sociedade moderna, para atingir os seus fins, inclusive de produção e sobrevivência, precisa organizar-se; 2 – a organização impõe divisão de trabalho ou tarefas; 3 – a divisão de tarefas produz especialização; 4 – a especialização ocasiona isolamento dentro do grupo, motivando, por sua vez, um enfraquecimento do espírito de solidariedade do grupo global; 5 – o enfraquecimento desse espírito de solidariedade acarreta uma influência dissolvente e, por via de conseqüências, o comportamento de desvio. Durkheim invocou palavras de Comte no sentido de que as separações das funções sociais tendem a abafar o espírito de conjunto ou entravar o seu desenvolvimento. Citou também Espinas, ao afirmar que divisão significa dispersão.

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